30 dezembro 2008

PARIS 2008

Meninos e meninas, Paris espera-me pela quarta vez:) O que eu queria mesmo era morar lá, mas à falta de melhor faço-lhe uma visitinha de ano a ano. Já é amanhã que chego...e o tempo parece não passar... Para além disso estou gripada e vou apanhar lá um frio de morte. Espero não ter de dizer ao Ricardo e à Áurea para irem percorrer as ruas de Monmartre que eu fico na cama!! Eles bem que agradeciam...Aturar-me durante cinco dias só mesmo para as almas mais caridosas. Estou mortinha por trazer fotografias. Sou tão burra, quase que prefiro as fotos ao momento. Parece que vivo outros momentos a mais ao olhar para as fotografias que tirei. Bem gosto de manipular a minha memória:) Espero não me esquecer de nada para trás; espero não stressar com o Ricardo, o Santo; espero que Áurea goste; espero que haja comidinha boa e quente e barata; espero não ficar sem sapatos; espero que neve (mas não em cima de mim). Espero ir amanhã:)

05 dezembro 2008

Moliére

Antes de ir a Paris, decidi ler literatura francesa. Antes de ir a Versailles, não podia deixar de ler Moliére. Quanto me espanto, ao ler a introdução de D. João editado pelo Campo das Letras, ver nomes de figuras de Vila do Conde misturadas com o meu padrinho de curso!! Mais não me espanto quando vejo que o assunto estava relacionado com as falas das Caxinas. O linguajar dos caxineiros. Trabalho que fiz em fonética no terceiro ano da faculdade com o meu padrinho. Gostei da coincidência.

Ora, o D. João de Moliére está traduzido por Nuno Júdice e com a ajuda dos caxineiros conseguiram arranjar uma fala mais cómica para as personagens Pierrot e Carlota.

Aqui vai um excerto:

Carlota:
-"E eu num te gosto de ti?"

Pierrot:
-" Não, tu num te gostes de mim. E eu faço tudo por ti. Num resmungo quando te bou a comprare coises à loje de fazendes, molho as ceroiles quando te bou às lapes e aos mexilhõses, mando os tocadores de concertine tocare no dia dos teus anos. Era milhore dar co'a cabece na parede. Pra que bejes que num é bão nem de gente sera num se gostare de quem se goste de nós."

Carlota:
"Mas, Birge Santa, eu te gosto de ti."