A minha vida desenvolveu-se através de dúvidas e incertezas, de anseios e remorsos, sonhos e ilusões. E quando concretizo um sonho penso se não poderei sentir remorso, se não seria uma ilusão e nunca o deveria ter concretizado. O medo envolve-me e é difícil libertar-me dele e construir as minhas próprias e solitárias acções. E em momentos de louca coragem tomo as decisões da minha vida. Às vezes, egoístamente, mas com a melhor das intenções, envolvo as vidas dos outros. Tento por tudo fazer o melhor, nunca prejudicar ninguém.
Decidi, por isso, ter um cão. Não experimentar, não ver se resultava, não com meias decisões, podendo desistir. Mas sim comprometer-me a, pelo menos, 15 anos de vida com um cão. E aqui estou na primeira semana, abraçada a ele, a andar atrás dele, a limpar as necessidades não ocntroladas. Sempre com medo de um dia querer desistir. Mas, se isto é o pior, não é assim tão mau e consigo enfrentar 24 horas de cocós, porque compensa o minuto que ele se deita no meu colo. Compensa o momento em que sinto que ele começa a gostar de mim. Egoísta, sim. Mas espero que ele seja feliz comigo. Eu sou o cão, eu é que quero correr na praia, quero brincar à bola, quero me deitar no sofá com ele.
Bem vindo, Poirot.
2 comentários:
A decisão de ter um cão, parece-me uma nobre atitude, eu tenho uma cadelinha e é ela que me faz a companhia quando sinto falta, é ela que me ouve quando preciso desabafar, é ela que passeia a meu lado quando o meu desejo é passear à beira mar...os cócós passam para segundo plano!
Nunca tenhas pensamentos de remorso por sonhares e veres os teus sonhos realizados, fico triste contigo,
Deita as duvidas, os anseios e os remorsos para trás das costas, os sonhos e as ilusões ajudam-nos a seguir em frente.
CONCRETIZA tudo o que desejas...e serás feliz :)
bj
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ai quanto mais não valia um gato... daqueles amrelos, peludinhos, mesmo que um «feitio tirânico», como os do romance da Agustina... até ia mais vezes visitar-te a casa!
lol,
bjs
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