20 janeiro 2009

Resignação

Custou aceitar que me deixaram de amar. Não sei mais que faça. Larguei as mãos, deixei de amarrar pedaços que me davam réstias de esperança. Deixei a esperança para trás. Já de nada vale. Tudo perdeu sentido. E agora o sentido vai ter de nascer outra vez. Vou ter de alimentar o meu corpo, por muito que me custe. Um pedaço de pão arranha a garganta, fica entalado a meio do caminho e sinto-o no estômago durante horas. Mas é esse pão ressequido e duro, que me vai fazer andar para a frente. A vida é feita de amarguras. E esta calhou-me a mim. Desesperadamente tentei lutar contra ela, mas nada do que pude fazer contribuiu para nada. Eu sinto-me nada. Nem escrever consigo mais... Só gostava que soubessem que eu poderia ter sido feliz daquela maneira. Há de haver outras. Tem de haver.

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